O Deputado Estadual Coronel Henrique, em pronunciamento realizado nesta quinta-feira (9), no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), parabenizou a todos os médicos-veterinários e ressaltou a necessidade da valorização dos profissionais perante a sociedade e o poder público.

Médico-veterinário formado há mais de 30 anos pela UFMG, Coronel Henrique realizou um panorama histórico da profissão no país, desde a criação da primeira Escola de Veterinária no Brasil, a do Exército Brasileiro, em 1910. O parlamentar ressaltou a necessidade de reconhecimento desses profissionais, que atuam pensando na saúde dos animais, dos seres humanos e também do meio ambiente.

“Ser médico-veterinário é muito mais do que cuidar de animais. Nós cuidamos da saúde do planeta. A integração entre a saúde humana, animal e meio ambiente, é epidemiologicamente indissociável. Entendemos cada vez mais que esse profissional de saúde pública, precisa ter seu reconhecimento, inclusive com questões salariais, com valorização do profissional no mercado de trabalho”, argumentou o parlamentar.

Neste contexto, o Deputado ressaltou que a data serve para comemorações, mas também para reflexões, tanto da sociedade quanto dos profissionais. “É minha responsabilidade usar da minha voz para fazer valer a voz dos meus colegas médicos-veterinários, divulgando para o poder público a importância desse profissional”, comentou.

Inspeção sanitária e prevenção às zoonoses

Os principais pontos destacados pelo Coronel Henrique, foram as áreas de atuação dos médicos-veterinários que vão além da saúde dos animais, como na inspeção sanitária dos produtos de origem animal e na prevenção às zoonoses – doenças transmissíveis entre animais e humanos.

Ele lembrou um Projeto de Lei de sua autoria (nº 1.371/2019), que determinava a obrigatoriedade dos profissionais como Responsáveis Técnicos em estabelecimentos que comercializam carnes, mas que foi arquivado pela Comissão de Constituição e Justiça da casa, o que segundo ele mostra o desconhecimento da população, inclusive dos parlamentares, quanto a importância dos profissionais para a saúde dos humanos.

“Essa inspeção de produtos de origem animal possui 3 tripés: deve ser higiênica, tecnológica e sanitária. E com relação à sanidade animal, o único profissional capaz de inspecionar é o médico-veterinário. O seu arquivamento por ser considerado inconstitucional, demonstra o desconhecimento em relação à necessidade de prevenirmos doenças como brucelose e tuberculose, transmissíveis por meio de carnes inadequadas ao consumo”, lembrou Coronel Henrique.